Sejam bem vindos! Participem dando sugestões e fazendo seus comentários.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Educação na ponta do dedo


A Lousa Digital Interativa em termos técnicos pode-se dizer que ela é uma tela magnética, que funciona em total interação com um computador e um projetor. Suas imagens podem ser manipuladas em tempo real, sendo possível até mesmo o uso simultâneo por duas pessoas. Também é possível capturar fotos, vídeos, sons na Internet, realizar experimentos simulados e muito mais. Aulas com flexibilidade, mais participativas, alunos mais interessados e motivados!
Em tempos de popularização da tecnologia em todas as camadas sociais, como despertar a atenção do aluno na sala de aula? Computadores, notebooks, MP3, Ipads,... É comum que cada vez mais o mundo das crianças e/ou adolescentes esteja empolgante e moderno dentro de casa, e que a sala de aula com seu quadro negro, papéis e livros sejam monótonas e ultrapassadas.

A Lousa Digital Interativa chega para quebrar esse círculo vicioso da educação! Aulas mais brilhantes e atraentes! Professores preparem-se... a era do cuspe e giz está no fim.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O que muda no papel do professor?


Com tantas novidades na área e a contínua valorização da utilização das tecnologias da informação e comunicação (TICs), a discussão do assunto é de vital importância para as políticas de ensino.
O que muda no papel do professor? Muda a relação de espaço, tempo e comunicação com os alunos. O espaço de trocas aumenta da sala de aula para o virtual. É um papel que combina alguns momentos do professor convencional - às vezes é importante dar uma bela aula expositiva - com mais momentos de gerente de pesquisa, de estimulador de busca, de coordenador dos resultados. É um papel de animação e coordenação muito mais flexível e constante, que exige muita atenção, sensibilidade, intuição e domínio tecnológico.
Na sociedade da informação todos estamos reaprendendo a conhecer, a comunicar-nos, a ensinar e a aprender; a integrar o humano e o tecnológico; a integrar o individual, o grupal e o social.
Uma mudança qualitativa no processo de ensino/aprendizagem acontece quando conseguimos integrar dentro de uma visão inovadora todas as tecnologias: as telemáticas, as audiovisuais, as textuais, as orais, musicais, lúdicas e corporais.  
Passamos muito rapidamente do livro para a televisão e vídeo e destes para o computador e a Internet, sem aprender e explorar todas as possibilidades de cada meio.
O professor tem um grande leque de opções metodológicas, de possibilidades de organizar sua comunicação com os alunos, e tendo uma visão pedagógica inovadora, aberta, que pressupõe a participação dos alunos, pode utilizar as ferramentas que a tecnologia disponibiliza para melhorar o processo de ensino-aprendizagem.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Mídia Impressa e Digital no Contexto da Escola

Os questionamentos propostos pela etapa deste módulo são importantíssimos, visto que nos levam à reflexão de nosso papel quanto educadores em processo de capacitação para contribuir ainda mais no processo de ensino aprendizagem, utilizando as mídias impressas e digitais.
Mas, o que podemos observar é que nossas escolas ainda não estão preparadas para a utilização das mídias de uma forma pedagogicamente correta. Observando o comportamento da maioria dos educadores podemos afirmar que ainda há uma forte resistência na utilização das mídias impressas na educação. E diante disso há que se desafiar os educadores, com atividades bem práticas, concretas, que exijam a utilização das mídias, inicialmente para comunicação, troca de recados, textos, encaminhamentos realizados nas escolas, e-mail, produção de blogs, sites, jornais e etc. Penso que a partir disso, podemos partir para ações mais exigentes, o que nos remete para a tomada de consciência da real necessidade da utilização desses meios, altamente atuais e necessários.
Estou apontando para uma ação estratégica de desafio-conquista de todos os educadores para o mundo virtual, no qual os nossos educandos estão altamente integrados e a maneira de chegar onde eles estão, só através da capacitação, penso e creio ser este o melhor caminho.
Conhecer todas as especificidades é muito importante, mas não necessariamente isso seja necessário a princípio. Necessário é ter o domínio do mínimo de conhecimentos e habilidades para poder contribuir e aumentar o gosto pelo conhecimento e pela cultura. Diante disso, penso que o papel dos gestores é determinante, primeiramente proporcionando cursos de formação nas escolas, disponibilizar recursos humanos nos laboratórios de informática, com um mínimo domínio dos recursos tecnológicos para auxiliar os educadores e educandos.
O contínuo aperfeiçoamento é necessário e urgente, por mais desafiador que isto seja, vale à pena investir para que não sejamos educadores ultrapassados e obsoletos diante desta geração que domina o mundo digital.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

RESGATANDO AS VIVÊNCIAS


Diante de tanta tecnologia que nos facilita e enriquece o trabalho pedagógico, por vezes até nos esquecemos do tempo em que não tínhamos toda essa riqueza de recursos. Portanto, resgatar as vivências pedagógicas está sendo um exercício não só prazeroso, mas uma reflexão que provoca saudades, embora sofridas, mas principalmente a consciência de onde viemos e em que patamar nos encontramos.
Quando comecei o exercício do magistério em 1976, trabalhava em uma escola municipal da periferia da cidade e os recursos existentes eram o quadro negro, giz e o mimeógrafo a álcool. Mas apesar dos poucos recursos eu costumava explorar ao máximo o quadro negro tentando reproduzir os desenhos do livro, o que ficava um horror, às vezes eu desenhava uma ema que mais parecia uma girafa.
E em razão da minha total incapacidade artística para o desenho optava pelo uso do flanelógrafo que me permitia a exposição de figuras ilustrativas para a explanação do tema. Também usava muito o cartaz com figuras ilustrativas que ficavam expostos na sala de aula. Lembro também da técnica do varal, onde diversas folhas de papel ofício ficavam expostas para a fixação de algum conteúdo. Sem falar no quebra-cabeça que era feito  de uma figura grande tipo um cartaz e recortado para que os alunos juntassem os pedaços novamente, sendo usado como forma de fixação de um conteúdo dado anteriormente, e que os alunos amavam.
Em 1992 com a implantação do II Programa de Educação nos CIEP’s é que tive acesso a uma nova metodologia voltada para a tecnologia, a princípio inserindo a TV como veículo educativo no desenvolvimento da consciência crítica da criança. Tínhamos uma sala repleta de livros paradidáticos e estórias infantis e esse espaço era chamado de “O prazer de Ler”. Onde as crianças ouviam estórias, construíam e reconstruíam outras estórias desenvolvendo a criatividade, a interpretação e a capacidade de ler.
Já em 2000 a escola possuía retroprojetor que favorecia em muito a explanação do conteúdo, assim como o Vídeo e a TV traziam outras possibilidades de enriquecimento das aulas. E quando em 2006 a escola recebeu o Laboratório de Informática fiquei totalmente apaixonada pela tecnologia, diante das inúmeras possibilidades que a mesma nos proporciona. E quando penso que já sei tudo, descubro que nada sei, afinal...  “o Professor é um eterno aprendiz.”

Vou seguindo em frente

Tocando em Frente

Composição:  Almir Sater e Renato Teixeira

Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais..
Hoje me sinto mais forte
Mais feliz quem sabe?
Eu só levo a certeza do que muito pouco eu sei..
Ou nada sei..
Conhecer as manhas e as manhãs...
O sabor das massas e das maçãs...
É preciso amor pra poder pulsar..
É preciso paz pra poder sorrir..
É preciso a chuva para florir..
Penso que cumprir a vida seja simplesmente
Compreender a marcha e ir tocando em frente..
Como um velho boiadeiro levando a boiada
Eu vou tocando os dias pela longa estrada
Eu vou...estrada eu sou...
Conhecer as manhas e as manhãs...
O sabor das massas e das maçãs...
É preciso amor pra poder pulsar..
É preciso paz pra poder sorrir..
É preciso a chuva para florir..
Todo o mundo ama um dia..todo o mundo chora..
Um dia agente chega..o outro vai embora...
Cada um de nos compõe a sua história...
e cada ser em si carrega o dom de ser capaz de ser feliz...
Conhecer as manhas e as manhãs...
O sabor das massas e das maçãs...
É preciso amor pra poder pulsar...
É preciso paz pra poder sorrir...
É preciso a chuva para florir...
Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais...
Cada um de nos compõe a sua história...
e cada ser em si carrega o dom de ser capaz... de ser feliz...

sábado, 29 de outubro de 2011

Refletindo sobre a Imagem

A educação do olhar, dessa forma, propõe uma perspectiva crítica de leitura por trás da imagem, o que dizemos, para a leitura da palavra, saber ler nas entrelinhas.
Discutir sobre a imagem permite a compreensão das especificidades de diferentes linguagens, a socialização de opiniões e o confronto de diferentes pontos de vista, desenvolvimento da autonomia moral e intelectual. Paralelamente à educação do olhar, proporciona-se à educação da escuta atenta, ativa e participativa.

“Vale a pena, sobretudo, tentar perceber se ainda conseguimos olhar sem esquecermos que uma imagem é um objeto convulsivo de significações que nunca cicatriza num sentido definitivo. Dito de outro modo: a história de uma imagem é também a história das suas sucessivas apropriações e dos olhares que sobre ela se depositam.”João Lopes

Imagem 2

thiagoalmnasc.blogspot.com

Esta fotografia nos mostra três meninas de raças diferentes fazendo uma careta divertida e nos leva a pensar nas muitas formas de manifestação da cultura e nos muitos povos que fazem parte de nosso planeta. Além dessa diversidade de cor e etnia a forma bem humorada de expressão cria sentidos enviesados que colocam em suspensão os sentidos do texto.
Achei esta imagem bonita, interessante, criativa e considerei coerente utilizá-la pedagogicamente em caso de estudo de temas como: diversidade cultural, racismo e expressão corporal. Também é possível estabelecer a relação com o povo brasileiro, fazendo ponte com a História do Brasil e explorando estes temas nas disciplinas de História, Geografia, Ciências, Educação Física, visto ser o Brasil um dos países mais ricos no quesito diversidade étnica. 

Imagem 1

lucasgoularts.wordpress.com

A fotografia deve ser tratada como um “material” carregado de informações, símbolos e idéias que chegam até nós a partir de nossa concepção das questões sociais.
Do que trata esta imagem? Está voltada para a temática da solidão. Fala de contemplação, de saudade, de despedidas, de encontros e partidas.
Um homem sentado, sozinho, observando uma enseada, ao lado de um barco que repousa, contraditoriamente, na calçada do cais, ao invés de flutuar nas águas mansas. Ao me ocupar em analisá-la consigo ver nesta imagem os temas solidão, contemplação e existencialismo. No entanto um outro olhar pode renegar a possibilidade de qualquer sentido subjetivo ligado a imagem, percebendo-a apenas nos seus aspectos concretos e funcionais,  perceber um homem e um meio de transporte para localidades isoladas.

Função da Imagem

A imagem passa a se constituir o paradigma mais significativo para o desenvolvimento do conhecimento nesse século, funcionando não apenas como instrumento para construção de novos conhecimentos, mas como elemento estruturante desse processo de criação de um novo logos, acelerado pela automação digital. É nesse sentido que Gutierrez vê a imagem não como representação da realidade e sim como a própria realidade, pois ela constituiu-se no fator estruturante da mesma realidade (1978:16).
No decorrer das atividades pesquisei imagens em diversos suportes (álbum de fotografias, Internet, revistas e jornais) e procurei dar sentido a cada uma delas, embora cada leitor entenda a mensagem da imagem de uma determinada forma, identifica-se com ela de acordo com suas experiências de vida. 

Reconhecer e Rememorar

Tipo de imagem: Foto de Revista

Prática de reconhecer
Prática de rememorar

A imagem mostra uma casa de pau-a-pique, com cobertura de sapê, provavelmente com piso de terra batida, janelas e portas de madeira de demolição e quintal de barro. Família modesta de zona rural composta de pai, mãe e quatro filhos. Casa apresentando mau estado de conservação e família sem hábito de uso de calçados.

A imagem representa uma família rural sem melhores condições de vida e dignidade, retratando a realidade social de nosso país onde grande parte da população vive sem condições de uma vida saudável e digna. Nota-se a presença de figuras humanas, representando pai, mãe e filhos, podendo ser interpretados como um povo sem expectativa de um futuro melhor. A imagem representa o inculto, o pobre, o sem eira nem beira, o brasileiro esquecido das zonas rurais.



Análise:
É interessante frisar que o conhecimento obtido da leitura da imagem se deu início com a leitura do campo estrito do objeto, que nada mais é que a descrição da cena que temos diante de nossos olhos. Logo a seguir, usando nossos conhecimentos prévios, nossa cultura, contextualizamos essas informações objetivas que temos da descrição, e temos uma leitura subjetiva da imagem, que é o campo contextual. E a partir desse momento nossa mente nos remete a outros momentos semelhantes que já vivemos, reconhecemos e rememoramos. E esse símbolo que é a imagem passa a ter um significado, que fala ao nosso íntimo, ao reforçar uma idéia. O treino de uma percepção visual aliada ao nosso capital cultural pode nos ajudar na leitura de uma imagem, mesmo sem muito conhecimento técnico sobre a fotografia ou a pintura.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Atividade 8: Registro Semanal da Experiência

Durante a execução da Atividade 6 e 7 muitas dúvidas e questionamentos se implantaram na construção do Projeto Didático. Mais foi neste momento que percebi o quanto é fascinante e surpreendente elaborar uma proposta de trabalho que permita o uso das mídias, transcendendo os aspectos disciplinares que o tema propõe. Fascinante pela capacidade de envolver até os alunos mais displicentes, e surpreendente por trazer embutido o germe do inesperado.
Levando em consideração a amplitude do tema proposto, que trata das questões ambientais, se faz necessário, primeiramente compreender a situação-problema que é o objetivo do projeto. As ações e os conhecimentos necessários para a compreensão devem ser discutidos e planejados entre o professor e os alunos. Todos têm tarefas e responsabilidades.  A aprendizagem se dá durante todo o processo e não envolve apenas conteúdos. Aprendemos a conviver, a negociar, a nos posicionar, a buscar e selecionar informações e a registrar tudo isso.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Atividade 7: Relação gênero, suporte e linguagem

Dando continuidade às reflexões da atividade 6 em relação ao projeto didático desenvolvido, evidencia-se a questão que o tema proposto é muito amplo e favorece vários aspectos tanto na modalidade falada quanto na escrita, destacando suas variadas possibilidades de ocorrência na mídia (impressa, digital e televisiva), bem como seus processos de construção textual.
Diante das informações já existentes até o presente momento, listo abaixo sugestões de gêneros que podem fazer parte da contextualização do projeto em questão.
Mídias/Gêneros
1-Impresso: reportagem, entrevista, infográficos, artigo, editorial, resenha crítica, charge,  história em quadrinhos.
2-TV: telejornal, programa de entrevista, debate, reportagem, documentário,  programa de variedades, mini-séries, roteiro etc.
3-Internet: sites de informação, sites de busca, páginas pessoais, blogs, flogs, WebQuest, Hiper Texto, Fórum, Chat e etc.

1-          Propósitos da Comunicação:
É claro que o projeto não necessariamente apresentará somente os gêneros acima citados, outros poderão surgir no decorrer do trabalho ou mesmo, substituir os já previamente escolhidos, tudo dependerá dos propósitos da comunicação, se mais informacional ou mais interacional.
Entendemos que a comunicação efetiva é o resultado de um entendimento comum entre o comunicador e o receptor da mensagem. E requer um código para formular uma mensagem e enviá-la na forma de sinal (como ondas sonoras, letras impressas, símbolos), por meio de um canal (ar, fios, papel) a um receptor da mensagem que a decodifica e interpreta o seu significado.

2-          Público para o qual se destinam as peças da comunicação:
Partindo do pressuposto, que o tema em questão possibilita de forma ampla e irrestrita a inclusão das mídias e seus variados gêneros textuais, o projeto será desenvolvido com alunos de todas as séries do Ensino Médio e de uma forma interdisciplinar.

3-   Maturidade da turma:
Os alunos em questão apresentam maturidade suficiente para que se implemente a Educação pela Comunicação, de forma que o educando participe ativamente da produção de peças de comunicação que, uma vez disseminadas, geram novos processos de educação e/ou mobilização social.

4-  Características de linguagem dos gêneros e meio físico:
A escolha das mídias e dos gêneros textuais implica também na importância do meio físico do suporte destas mídias, visto que nos proporciona a possibilidade de explorar recursos típicos da linguagem verbal e não-verbal. Deve-se também levar em consideração que a língua escrita tem características distintas da oral, onde se tem uma conversação entre dois falantes. Na lingua escrita a mensagem não é transmitida imediatamente ao leitor, distintamente da língua falada em que os interlocutores são co-autores do texto, evidenciando todo o processo de produção.
A opção feita pela mídia TV, Impressos e Internet (alguns gêneros) implica em gêneros textuais que tem características mais elaboradas de linguagem, tanto verbal ou não-verbal, que listo abaixo:
a) deve ser composta de palavras, expressões e regras combinatórias passíveis no registro coloquial e aceitas no registro formal;
b) deve ser objetiva e mais denotativa do que conotativa;
c) deve ser empática;
d)deve ser referencial;
e) deve ser metalingüística: composta de um conjunto de sistemas: gráfico (traços, linhas, tipos de fontes), analógico (legendas, títulos e fotos) e lingüístico (manchetes, títulos, textos);
f) deve conter os registros formal e coloquial da língua;
g) deve ser redundante e estereotípica; 

5- Valor social dos suportes e dos gêneros:
Analisando as atividades que serão desenvolvidadas a partir dos suportes e gêneros escolhidos, consigo perceber que o valor social está explícito na experiência de produção compartilhada de conhecimento, na compreensão do conhecimento como ferramenta de transformação, no entendimento do caráter multidisciplinar dos problemas da realidade, na reflexão sobre temas desafiadores interrelacionados, entre eles, conhecimento e poder, conhecimento e cidadania, conhecimento e transformação da realidade.

 6- Tipo de interação e de relação que o suporte e gênero proporcionam aos participantes:
As relações humanas se desenvolvem a partir do momento em que existe interação. Interagir faz os indivíduos reconhecerem alguém diferente de si mesmos (um agente) na construção dos significados que explicam a realidade. São as interações diárias que modificam o estado atual da cosmovisão das pessoas, nelas se intercambiam os conceitos, as formas, o uso de técnicas, as informações, enfim, o conhecimento. O suporte e os gêneros escolhidos para desenvolver o projeto proporciona aos alunos a participação direta, que é uma das características da interatividade, principalmente no que diz respeito à mídia Internet. Visto que o aluno tem o papel de co-criador, co-autor e co-construtor da mensagem. Não interfere apenas no fluxo de informação, ele o redireciona e o elabora em um processo de montagem. podendo agir sobre o fluxo, modificar a estrutura, interagir com o ambiente, percorrer a rede, participando, assim, dos atos de transformação e criação.
Os recursos de comunicação: bate-papo, correio eletrônico, listas de discussão, fóruns, chat, blogs e outros, são meios pelos quais os alunos podem interagir, verificando assim a relevância da mídia internet para a simulação de ações e situações que resultam na interatividade.
A Interação via tecnologias de comunicação é um novo meio de construir relações, de identificar simbolicamente grupos, de simular movimentos e atitudes e de transformar a condição da aquisição de conhecimento e de participação.

Atividade 6: Reflexão sobre o contexto

A partir da análise do Projeto Político Pedagógico da escola, o grupo de professores entendem que à escola, não apenas cabe transmitir conhecimentos que preparem o aluno-aprendiz para uma posição de destaque no mercado de trabalho, mas também deve preparar seus alunos para o exercício pleno da cidadania, construindo seus conhecimentos, para que sejam agentes de transformação, com espírito crítico e consciência de direitos e deveres.
E para que este pressuposto seja alcançado a escola optou por uma metodologia que estrutura a formação e a atuação tanto do professor quanto do aluno, que é o desenvolvimento de projetos, os quais promovem a articulação entre formação e pesquisa, respeitando o currículo como espinha dorsal de um processo, sem ter um padrão hierarquizado, mas sempre valorizando a problematização, sendo orientado pela pesquisa e para a pesquisa.
O grupo de professores e a comunidade escolar como um todo percebeu a necessidade de buscar através do espaço escolar, dos conhecimentos produzidos e trabalhos realizados na escola, contribuir no desenvolvimento da consciência ecológica, da preservação ambiental e principalmente questionar os fundamentos de uma sociedade capitalista consumista, concentradora de renda e geradora de resíduos.
A escola está localizada em área costeira estando inserida numa comunidade onde o turismo é sua principal fonte de renda, o que consequentemente gera muitos resíduos provenientes do próprio turismo. Então, este foi um dos motivos que desencadeou o desenvolvimento deste projeto didático, levando em conta a prática diária daquilo que consumimos e não destinamos corretamente as sobras, provocando a poluição nas águas, no ar e no solo.
Para se implementar com sucesso um projeto didático é necessário analisar a infra-estrutura da escola para perceber quais ações poderão ser implementadas. E com base na infra-estrutura da escola foi possível estabelecer propostas de trabalho voltadas para a implementação de relevantes tecnologias que além de tudo nos proporciona um leque de possibilidades de envolver os alunos num trabalho interessante e motivador, visto que importantes recursos midiáticos se colocam à disposição para efetivar um trabalho atraente e eficaz em projetos.
O tema proposto para este projeto é muito amplo e por esta razão posso afirmar que todas as mídias são necessárias para enriquecer e aprofundar ainda mais as questões. Embora a rádio seja a única mídia que não será utilizada por falta de recursos existentes na escola.
Usaremos a máquina Digital para registrar a situação em que se encontra o meio ambiente e depois expor através de painel e na internet. A Filmadora será usada também para registrar diversos momentos como: entrevistas, visitas, reportagens, passeio ecológico e elaboração de um curta metragem sobre o assunto.
A Internet será usada de forma mais intensiva por ser a mídia mais atrativa para os alunos, priorizando as pesquisas orientadas através de Web Quest, criação de Blogs e Sites, Elaboração de Histórias em Quadrinhos e outros gêneros.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

AUTOCRÍTICA DE PROJETO DESENVOLVIDO

Como sou professora de Ensino Médio escolhi a 3ª série e a disciplina de Sociologia para relatar uma experiência com o desenvolvimento de projetos.
A partir de uma série de curtas metragens sobre “Ética”, apresentadas à turma foi definido pelo grupo o tema “Violência, um problema social” para desenvolvimento de um projeto didático, que teve os seguintes conteúdos abordados:
1-   Ética e Comportamento,
2-   Cidadania – um direito de ter direitos,
3-   Exclusão Social – suas causas e efeitos,
4-   Diferenças e igualdades sociais,
5-   Miséria e pobreza – definição, suas causas e soluções,
6-   Construção de Blog

Optei pelo uso da Metodologia de Projetos que seria executado pelo aluno com a minha orientação, com a finalidade também de fazer uso da informática educativa.
Muitos foram os objetivos alcançados com o tema definido, mas transcreverei alguns de mais relevância que permitiram que o aluno fosse capaz de:
-          Compreender as causas e efeitos da exclusão social.
-          Construir um conceito de cidadania a partir da compreensão dos direitos e deveres do cidadão.
-          Identificar a diferença entre miséria e pobreza, suas causas e soluções.
-          Estabelecer como solução o uso do diálogo para minimizar a geração de conflitos.
-          Identificar na legislação os artigos que garantem os direitos do cidadão.
-          Aprender a construir um Blog

No começo procurei estabelecer uma relação empática com os alunos, procurando conhecê-los, fazendo um mapeamento dos seus interesses, formação e perspectivas futuras. A preocupação com os alunos, a forma de relacionar-me com eles foi fundamental para o sucesso pedagógico. Os alunos captam se o professor gosta de ensinar e principalmente se gosta deles e isso facilita a sua prontidão para aprender.
A partir daí, separei a turma em 5 grupos sorteando entre eles os conteúdos que seriam trabalhados. Determinei as atividades que seriam desenvolvidas através de pesquisas, visto que os alunos deveriam realizar uma investigação em seu ambiente direto a fim de reunir mais elementos de julgamento. Em pequenos grupos, os alunos entrevistaram diferentes pessoas de sua comunidade, começando pelos de sua própria família. Também falaram com pessoas de distintas classes, ocupações e situação econômica.
Valorizei  muito as aulas-pesquisa, onde o professor e alunos procuram novas informações, cercar um problema, desenvolver uma experiência, avançar em um campo que não se conhece. Como professor motivei, incentivei, dei os primeiros passos para sensibilizar o aluno para o valor do que se ia fazer, para a importância de sua participação neste processo. Aluno motivado e com participação ativa avança mais, facilita todo o nosso trabalho. O meu papel foi o de gerenciador do processo de aprendizagem, foi o coordenador de todo o andamento, do ritmo adequado, o gestor das diferenças e das convergências.
Portanto, para direcionar o assunto e enriquecimento dos conteúdos, estabeleci o uso de recursos midiáticos como textos, vídeos e internet.

RECURSOS UTILIZADOS:
- Textos: “Miséria e Pobreza”; “Violência- a juventude quer falar.”
- Vídeo: “A violência que rola” – MEC
- Visitas: Asilos, Centros da 3ª Idade, Orfanatos
- Câmera Digital
- Filmadora
- Pesquisas: Internet

O vídeo foi usado como forma de problematizar a questão, usando os textos para  embasamento teórico, assim como pesquisas na internet. A partir daí, os alunos visitaram asilos, orfanatos e centro de convivência da 3ª idade, onde fizeram entrevistas, registrando através de fotos e filmagens o desenvolvimento do trabalho.
Foi importante mostrar aos alunos o que íamos ganhar ao longo do projeto, por que valia a pena estarmos juntos. Procurei motivá-los para o processo de aula-pesquisa, para aprender, avançar e participar, e para as tecnologias que iríamos utilizar.
Após o levantamento de todos os dados e informações, o projeto culminou com a apresentação dos trabalhos produzidos em um Seminário, direcionado para a turma na data prevista para a culminância.
Todos os recursos tecnológicos incluídos no projeto foram devidamente utilizados, cumprindo a sua função estabelecida pelos objetivos pré-determinados no planejamento.
Como estratégia de avaliação foi criado um blog no Laboratório de Informática Educativa, com a publicação dos textos desenvolvidos pelos alunos a partir da discussão dos temas, o que serviu para incentivá-los na questão do compromisso, da união e do trabalho em grupo.
O que parecia o fim de uma atividade pode se transformar em processos contínuos de informação, comunicação e de pesquisa, onde se problematizou outras questões dando continuidade e avançando ainda mais nas questões propostas.
Um dos objetivos deste trabalho foi acima de tudo e dos conteúdos trabalhados, desenvolver a capacidade crítica do aluno, pois ao mesmo tempo em que ele ganha consciência de si mesmo, como pessoa única e valorizada, ele percebe o outro como parte integrante desta teia de relacionamentos.

Autonomia, interdisciplinaridade e currículo

Metodologias tradicionais trabalham os conteúdos escolares de maneira fragmentada, "encaixotando-os" nas caixinhas das disciplinas. Isto conduz a uma organização segmentada de conteúdo e tempo escolares: horário de Matemática, horário de Português, horário de Ciências. De maneira similar, os conhecimentos aportam na mente dos estudantes rotulados pelas disciplinas, e lá se instalam, sem conexão uns com os outros, prontos a serem devolvidos quando os solicita o professor de Geografia, o professor de Matemática, etc. Dimensionar o currículo escolar por projetos de trabalho significa uma ruptura com esse modelo fragmentado de educação. Dewey acreditava que, mais do que uma preparação para a vida, a educação era a própria vida! Na vida, aprendemos uma infinidade de coisas que não vêm embaladas em "caixinhas": caixinha da Matemática, caixinha da História, caixinha da Geografia, etc. A vida se apresenta a nós na sua totalidade e vamos tomando conhecimento dela, também, globalmente.
A proposta pedagógica com projetos didáticos, ao enfatizar a necessidade do trabalho coletivo e globalizante, numa captação da realidade em sua totalidade, na verdade não quer diminuir a importância dos conteúdos, mas, tão somente, resgatar uma dimensão perdida. Às vezes há uma má interpretação e os projetos são entendidos como a única maneira de se conduzir o trabalho docente. Quem se preocupava com os "conteúdos" era pejorativamente chamado de "conteudista". O que dá sustentação a afirmações dessa natureza é a falsa idéia da dicotomia existente entre transmissão de conhecimento e construção de conhecimento. Diante disto os professores tiveram que optar por uma posição ou por outra.
O trabalho coletivo, envolvendo professores de diferentes áreas, mesmo que apenas no âmbito da interdisciplinaridade, ainda é um grande desafio. De acordo com Japiassu (1995), o interdisciplinar aparece como um princípio novo de reorganização das disciplinas científicas e de reformulação das estruturas de seu ensino, e provoca atitudes de medo e de recusa, por constituir uma inovação.
É desejável eliminar a interpretação errônea, por parte dos professores, de que ficaram impedidos de trabalhar os conteúdos fora da pedagogia de projetos. Especialmente, à medida que os alunos avançam na trajetória escolar, torna-se cada vez mais necessária a intervenção do professor com o propósito de organizar os conceitos adquiridos pelos alunos, de modo a permitir que se construa a estrutura dos diferentes campos de saber, respeitando o ritmo de cada um.  A chamada "construção do conhecimento" não exime o professor de interferir no aprendizado de seus alunos.
Importa saber que o currículo é um elemento essencial na definição do projeto didático quando a ele se incorpora o processo social de produção de conhecimento, considerando-se os conhecimentos historicamente produzidos e as formas de viabilizar sua construção por parte dos alunos. O currículo deve buscar a integração dos conhecimentos, especialmente pelo trabalho interdisciplinar e a adequação da relação entre tempos, ritmos e objetos de aprendizagem diferentes.
Na palavra interdisciplinar está contida a proposição de ligação, isto é, conexão entre as disciplinas, territórios delimitados, e a possibilidade de intercâmbio e o deslocar-se entre elas. Ela conecta, permitindo comunicação e diálogo, relação e vínculo entre separados, diferentes, opostos. Isto nos leva a destacar interdisciplinaridade como integração entre disciplinas, que pressupõe a interação entre sujeitos. O indivíduo é o construtor de pontes entre as áreas de conhecimento e é a própria ponte, quando interage com outros especialistas, viabilizando a teia/tecido de saberes.
E com esta nova visão de educação, do fazer pedagógico, exercitando a autonomia é que a interdisciplinaridade oferece aos educadores a união de uma ou mais disciplinas, para gerar projetos de estudo, pesquisas, utilizando as tecnologias, uma revolução para a educação abrindo uma nova janela para organizar novos conceitos para a vida dos educandos.

Projetos didáticos e Papéis sociais de professores e alunos

Com base no debate estabelecido no fórum, concluo que um projeto se supõe desenvolvido por "fases" ou "etapas" que não devem ser rígidas e devem depender do desenrolar dos trabalhos. Mas, como todo trabalho pedagógico, o projeto deve ser planejado: o planejamento exprime a intencionalidade educativa. Sem que se tornem uma camisa de força, portanto, três grandes etapas se configuram para se levar a cabo um projeto pedagógico: a problematização, o desenvolvimento e a conclusão/síntese do projeto.
A problematização é o momento gerador, detonador do projeto. É quando surge a grande questão ou as questões que serão trabalhadas pelo grupo. Essas questões deverão ter significados para os alunos, partindo de experiências anteriores. É bom frisar que um trabalho com projetos não está limitado a apenas o estudo de um tema: o principal objetivo é a problematização do tema. Mesmo que o professor sugira o assunto, deve fazer com que os alunos abracem o projeto como seu.
O projeto didático é uma idéia com amplitude, onde professor e alunos, traçam um planejamento para torná-la realidade, e ao realizar o planejamento, controlam todo o processo, contornam os imprevistos e chegam ao resultado esperado, sabendo que é necessário ter flexibilidade para mudar algumas etapas previstas.
O desenvolvimento é conseqüência natural da primeira fase: surge a necessidade de se planejarem as estratégias mais adequadas para se atingirem os objetivos propostos, buscando as respostas para as questões propostas pelo grupo. Também nesta fase a participação plena dos alunos é fundamental, tanto no planejamento quanto na execução das atividades. E diferentes estratégias podem ser planejadas e desenvolvidas, tipo: debates, seminários, entrevistas,  pesquisas bibliográficas, excursões, pesquisas de campo, criação de blogs, entre outras. É neste momento que se oportuniza o desenvolvimento dos alunos e as muitas habilidades: intelectuais, sociais, artísticas, psicomotoras, etc. É também a oportunidade de ampliação e ressignificação do espaço de ensino/aprendizagem que pode se estender à vizinhança, às ruas, aos parques, às praças, às fábricas, aos museus, enfim, à amplitude da comunidade. É muito importante que o professor tenha em mente o desenvolvimento das habilidades de observação e registro por parte dos alunos.
Num projeto, os conteúdos devem estar muito bem definidos, pois os alunos precisam de uma diversidade de situações de aprendizagem sobre um determinado assunto para aprender num processo de construção coletiva em que todos opinam, pesquisam, experimentam, debatem e decidem o quê e como fazer.
A conclusão ou fechamento do projeto deve  ser preparada desde o início do planejamento e prosseguir ao longo do desenvolvimento. Neste momento, avaliam-se os conhecimentos adquiridos, os procedimentos utilizados, as atitudes incorporadas. Avalia-se, também se as questões propostas no início foram resolvidas. Dependendo da natureza do projeto, nesta fase tornam-se possíveis: a realização de exposições dos materiais coletados, confecção de painéis, dramatizações, ou simples comemorações ou inaugurações festivas (inauguração de uma biblioteca da classe, por exemplo). As propostas levantadas no início do projeto são avaliadas e, constatando-se a necessidade de ir adiante a partir de novos problemas.
Isto torna claro que, em nenhum momento, foi proposto um abandono dos conhecimentos formais. Na proposta é claramente colocado que repensar os conteúdos escolares não significa abandonar as disciplinas curriculares ou apenas aglutinar a elas os temas atuais, mas sim, ressignificá-los.
É portanto, a  interdisciplinaridade, uma das características principais de um projeto didático, visto que parte de questões reais, concretas e contextualizadas, facilita o entendimento de um trabalho mais global que possibilite a apreensão dos conteúdos básicos necessários, embora também possa acontecer em uma única disciplina.
Com a revolução tecnológica, novos modelos são discutidos no área da educação, tendo em vista a necessidade de alunos e professores se adaptarem à velocidade das transformações que ocorrem diariamente.
Aprender a aprender tornou-se um pilar da educação extremamente relevante nas discussões sobre a prática pedagógica. Professores e alunos estão redescobrindo seus papéis, tornando-se co-participantes no processo dialógico de ensinar e de aprender ensinando.
Trabalhar com projetos significa dar aos alunos a oportunidade de aprender a fazer planejamentos com o propósito de transformar uma idéia em realidade a partir de questões ou situações reais e concretas, contextualizadas, que interessem de fato aos alunos e compartilhando com eles uma aprendizagem com sentido.

Concepções de ensino/aprendizagem

Conhecer as teorias de ensino/aprendizagem nos faz refletir nesse processo de forma a argumentar e associar à pesquisa, promovendo a formação de novos conhecimentos, o que nos traz a idéia de seres humanos como indivíduos inacabados e passíveis de uma curiosidade crescente, com a capacidade de refletir de forma crítica o que aprendeu – através de um contínuo processo ensinar-aprender.
E a partir das diversas teorias de aprendizagem que se deu origem às concepções ensino/aprendizagem que circulam no meio escolar, e quero aqui fazer menção a  quatro diferentes concepções de educação. São elas, a Instrucionista Transmissiva, a Concepção behaviorista (comportamentalista), a Vivencial Espontaneísta e a Pedagogia por Projetos Didáticos.

Segundo a Concepção instrucionista transmissiva a aquisição de um conhecimento pelo sujeito é o resultado de uma transmissão, de uma comunicação e a aprendizagem se faz unicamente pelo acúmulo de informações. Nessa perspectiva, o aluno não é considerado como um ser capaz de encontrar, ele mesmo, os elementos do saber. Ao contrário, ele deve reproduzir o que diz o professor, ficar atento, escutar, anotar, repetir e aplicar o que aprendeu. Em outros termos, ele aprende por imitação e por impregnação (RAGOT, 1991). Por sua vez, o professor é o detentor do saber e deve comunicá-lo claramente ao aluno para que ele possa aprender.
Nessa concepção, não há lugar para o erro, que é compreendido como sendo revelador de um desfuncionamento: ou o professor ensinou mal ou foi o aluno que não compreendeu o que ele ensinou. Mas, em regra geral, o erro é atribuído ao aluno. Em caso de fracasso, o professor deve recomeçar tudo, repetir e propor muitos exercícios para garantir a aprendizagem do aluno.

A Concepção behaviorista (comportamentalista) se apóia sobre o Modelo Behaviorista (SKINNER, 1938) que remete ao condicionamento “estímulo-resposta” (PAVLOV, 1927). O princípio desta concepção é que o sucesso do aluno deve ser recompensado (reforços positivos) e o fracasso, ao contrário, sancionado (reforços negativos) e, se possível, evitado porque aprender por reforço negativo é muito custoso (RAGOT, 1991).
Nessa concepção a aprendizagem se faz pela acumulação de saberes e, por sua vez, as relações entre os saberes se fazem naturalmente pela necessidade das ligações lógicas que existem entre si. Nessa perspectiva, o professor deve, então, ser capaz de decompor o saber em “unidades discretas” e as apresentar ao aluno de maneira tal que ele perceba as ligações entre elas. O essencial do trabalho do professor se faz, então, antes do processo de ensino, quer dizer, antes do momento de interação real com o aluno. Além disso, o professor deve elaborar uma forma de controle da aquisição do conhecimento pelo aluno. Nessa concepção, espera-se que o aluno siga o passo a passo da progressão definida pelo professor.
Ele não toma, portanto, iniciativas. O importante é que esteja motivado, preste bastante atenção às instruções dadas do professor e que tenha uma boa disciplina no estudo pessoal. O fracasso do aluno não pode ter origem na seqüência de ensino proposta pelo professor, caso ele tenha realizado um bom planejamento e identificado precisamente as unidades mínimas do saber para as quais há, em geral, uma única resposta possível. Assim, o erro é uma responsabilidade do aluno que não acompanhou, não estudou ou não compreendeu.

A Concepção vivencial espontaneísta, representa um certo laissez-faire, que tem como característica a falta de rigor e organização, visto que deixa as coisas acontecerem ao acaso, e esta passividade pesa mais para o lado do professor, visto que ele segue sem ter uma meta definida e compromisso com o ensino-aprendizagem. Isto não é admissível, pois a sociedade como está organizada, rejeita este tipo de espontaneísmo pedagógico, por parte desta escola comprometida com a ideologia excludente. De modo geral, essas abordagens demonstram como as pedagogias ativas, ao criticarem o autoritarismo, subvertem o princípio da autoridade e instituem práticas escolares descomprometidas com a educação sólida das novas gerações e, em especial, das classes populares.