As novas tecnologias e as mudanças de paradigmas
Reconhece-se
que a tecnologia pode contribuir para melhorar o processo de ensino
aprendizagem, mas que apenas a presença dos computadores na escola não dá
garantia de seu uso para fins pedagógicos. (Pedro, Paulino & Chacon, 2011;
Rezende, 2002)
Além disso, Bernardi (2010)
coloca que a escola deve ter claro suas metas educacionais ao utilizar novas
tecnologias, de forma que as estratégias sejam coerentes com os objetivos de
ensino aprendizagem traçados, para que não caiam na armadilha da mera
informatização do ensino.
Assim como reitera Rezende
ao afirmar que,
A introdução de novas tecnologias na educação
implica necessariamente em novas práticas pedagógicas, pois podemos com ela
apenas vestir o velho com roupa nova, como seria o caso dos livros eletrônicos,
tutoriais multimídia e cursos a distância disponíveis na Internet, que não incorporam nada de novo no que se refere à concepção
do processo de ensino aprendizagem. (REZENDE, 2002, p.02)
Neste sentido, as novas
tecnologias podem ser usadas apenas como meros instrumentos educativos, como
fins em si mesmos, não contribuindo para um processo realmente significativo de
ensino aprendizagem, à medida que seu uso não esteja fundamentado em novas
concepções de conhecimento, de aluno, de professor (ver Rezende, 2002).
Dentre
as questões acima colocadas, no momento nos cabe pesquisar o uso das novas
tecnologias da comunicação e da informação na educação, na perspectiva de compreender e superar as dificuldades advindas deste
novo cenário educativo.
Mas
como afirma Reinaldo (2010, s/p):
Na verdade a “moda” veio para ficar, não dá mais
para conviver com a sisudez da sala de aula, temos que abrir janelas para o
mundo através da informatização de nossos saberes. É imperativo que nós
profissionais da educação repensemos nossas práticas no sentido de incorporar
as tecnologias como recursos pedagógicos midiatizados pelo computador.
Diante
desta nova sociedade, chamada Sociedade
da Informação, se faz necessário que educadores e psicopedagogos tenham um
novo olhar sobre este cenário que se apresenta para muitos como um modismo de
uma época. E na busca da mudança destes
paradigmas, continua-se a pesquisa, no caminho singular de uma possível
construção: um espaço de interlocução que se abre, no desafio de um olhar
psicopedagógico sobre as questões aqui pesquisadas.
PEREIRA, R.C. da Silva.Tecnologias na Educação: Os softwares e blogs educativos utilizados como instrumentos psicopedagógicos. Monografia (Pós Graduação) Ministério da Educação . Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Seropédica: 2012. p. 15.