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segunda-feira, 18 de julho de 2016

Técnicas para Contar Histórias



Prepare-se: um bom contador de histórias é aquele que possui muitas experiências sensitivas, que lê bastante, que assiste teatro, bons filmes. Cuide da sua dicção, cante, dramatize, dance. Esteja bem fisicamente, bem mentalmente, sentimentalmente. Descubra-se, invista em você, seja sempre um entusiasta, procure saber, aprender, conhecer, experienciar.
Estude o texto: Conte mais do que apenas a história. Compreenda as frases, as construções, imagine as imagens e fortaleça as imagens sonoras.
Planeje a apresentação: Chegar em cima da hora e ir direto para a leitura pode atrapalhar a comunhão com as crianças. Prepare o local, sinta o ambiente, descubra se há pontos na sala, ou no espaço que dificulte a visualização, ou a audição dos ouvintes. Perceba se há muita luz, pouca luz, muito calor, pouco calor. Corrija o excesso se não for proposital. Sensibilize as crianças antes de começar, para que não dispersem durante a história.
Recursos: Dê preferência para o ato narrativo ao ilustrativo. Contar história com bonecos é um bom recurso, mas cuidado para não virar teatro, teatro de bonecos, teatro de animação. Cada modalidade tem suas características que devem ser estudadas para que sejam utilizadas. Centralize a concentração das crianças no ato de narrar com, ou sem livros, com ou sem bonecos. O verbo e a voz, no ato de contar história, sempre serão os principais focos de atenção.
Após a narrativa: Procure realizar atividades de vivência artística e prática corporal para a apreensão dos signos contísticos (Conjunto de uma obra literária). Pintar, dançar, cantar, escutar músicas sempre serão melhores recursos do que explicar, ou conceituar a história que se acabou de ler, ou narrar. Utilizar os acontecimentos dos contos como forma de admoestação e expiação, ou chantagem, empobrece o trabalho pedagógico.
- Fazer a escolha cuidadosa da "sua" história: escolher aquela que com aquela se identifica, que lhe encanta.
- Estudar a história entendendo os seus elementos principais: personagens, cenário, conflito principal. Refletir sobre a sua mensagem, destacando quais são as situações usadas para a transmissão. Dividi-las em quatro partes: introdução, enredo, ponto culminante e desfecho.

- Decidir se na narração será usado recursos auxiliares e, neste caso, quais.

Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado 
http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/26048/tecnicas-para-contar-historias#ixzz4EkjduOmv

terça-feira, 28 de junho de 2016

Contando Histórias

Roda de Histórias

As rodas de histórias têm o objetivo de proporcionar o gosto e o hábito de ouvir histórias, favorecer o contato com textos de alta qualidade literária, estimular momentos em grupo e o cuidado com o livro.
Durante as aulas, as crianças lidam com o magnífico mundo das histórias, suas inúmeras formas de linguagem, aspectos sonoros como ritmo e rimas em trava-línguas, quadrinhos, ditados populares, poesias, lendas, mitos, músicas etc. A leitura pela escuta do professor gera descobertas, quando as histórias são contadas e recontadas, e todos assumem o papel de leitor, ampliando os repertórios.

A importância da contação de histórias na Infância

As histórias e os contos de fadas participam da infância, juntamente com o brincar, e trazem expressões da fantasia e dos anseios da criança ajudando-a a lidar com aspectos inconscientes.
Ao ouvir histórias, a criança tem a oportunidade de:
·         enriquecer e alimentar sua imaginação,
·         ampliar seu vocabulário,
·         permitir sua auto identificação e auto reconhecimento,
·         aprender a refletir para aceitar situações relativas às dimensões diversas da vida,
·         desenvolver o pensamento lógico
·         favorecer a memória
·         favorecer o espírito crítico através da manifestação de humor e de satisfação de sua curiosidade natural.

As histórias contribuem para que a criança entre em contato com diversos modos de ver e sentir o mundo. Ao se identificar com as histórias ou com os contos de fadas a criança passa a querer ouvi-la várias vezes por se identificar com a personagem ou com algo semelhante ao que vive naquele momento.
A prática de contar histórias é uma arte que forma a criança em todos os aspectos, inclusive preparando-a para o exercício da cidadania. Muitas crianças não têm contato com diversidade de materiais de leitura ou com adultos leitores tornando responsabilidade da escola o contato com a literatura através da contação de histórias para dar oportunidade às crianças de desenvolver uma interação significativa. Os gêneros literários são variados, mas possuem a mesma função: atender à imaginação e aos anseios humanos de responder dilemas como medo, alegria, perdas, angústias e outros. A criança forma em sua mente imagens que irão conversar com personagens que surgem nas histórias.

Todas as crianças carecem do lúdico para compreender o mundo que as cerca, e ouvir historias se torna um meio de compreender e traduzir este mundo, além da facilitar a compreensão de sentimentos que não sabe definir, mas que estão presentes.

O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998) salienta a importância de diversas situações de leitura para o domínio da linguagem, assim tornando o momento das histórias como procedimento pedagógico para a percepção da função social que a leitura, o livro e as histórias têm na facilitação da compreensão do meio oral e escrito. O livro é um instrumento de recreação e entretenimento para as crianças, além de fonte inesgotável de formação e conhecimento através dos momentos de contar histórias. 

Leia mais em: http://www.webartigos.com/artigos/qual-a-importancia-das-historias-na-educacao-infantil/96987/#ixzz4CvJcTP9M





segunda-feira, 23 de maio de 2016

Atividades Permanentes na Educação Infantil


RODA DE CONVERSA

A roda de conversa é um momento onde a criança tem a oportunidade de expressar seus pensamentos de maneira informal, mas em se tratando de crianças pequenas torna-se uma atividade fundamental para ampliar sua competência comunicativa. Requer intencionalidade educativa, planejamento e reflexão constante.
É importante que o professor esteja atento à fala das crianças, para ser mediador e participante, atribuindo sentido as mesmas. 
É necessário ressaltar que a ausência de uma lógica formal do modo de raciocinar da criança não se constitui em obstáculo para o diálogo com ela.
O professor deve ter um real interesse por sua fala atribuindo-lhe sentido comunicativo desde as mais simples enunciações.

Objetivos da Roda de Conversa.
Ampliar a competência comunicativa criando possibilidades no plano verbal, oportunizando que a criança seja capaz de:
  • Ser autora de seus pensamentos.
  • Narrar suas experiências vividas ou imaginadas.
  • Fazer uso da linguagem por prazer.
  • Aprender ouvir o outro.
  • Ampliar sua oralidade
  • Interagir com o outro, construindo sua objetividade.
  • Coordenar diferentes pontos de vista.
  • Relacionar novos conhecimentos com suas vivências e conhecimentos anteriores.
Orientações Didáticas
O professor deve:
- Atribuir intenção comunicativa à fala da criança, ajudando a explicitar suas ideias, tornando-as compreensivas.
- Planejar a roda de conversa com intencionalidade educativa, através de assuntos contextualizados, propondo temas interessantes, assegurando a naturalidade de fala e escuta.
- Deixar espaço e tempo para as crianças coordenarem pontos de vista diferentes e criar condições de se expressar, sendo autora de suas falas.
- Validar os discursos elaborados na conversa, valorizando o que a criança contou, propondo ganchos de conversa, estimulando o grupo a continuar o assunto.
- Conhecer e respeitar as características do discurso narrativo da criança, considerando o pensamento sincrético.
- Permitir que as crianças fiquem a vontade com relação e solicitação postural.
- Saber que, assim como uma conversa dentro das práticas sociais reais, os interlocutores mudam a temática rapidamente, na sala de aula o assunto também é alterado, considerando as conexões que as crianças estabelecem e a participação do grupo.
- Ajudar a criança a construir seu discurso por meio de perguntas que auxiliam a costurar uma conversa duradoura como: "O que você viu?", "Como ela era?"
- Ter clareza que a roda de conversa não tem como objetivo passar conceitos, dar conselhos ou lições de moral.
- Ser flexivo em relação ao tempo, pois a roda deve durar enquanto houver interesse das crianças.

Dicas
Como iniciar a roda de conversa:
O professor pode aproveitar os assuntos dos projetos de natureza e sociedade, artes, etc, para conversar.
- Acontecimentos no bairro, na cidade, notícias e textos que gerem interesse por parte das crianças devem ter espaço na roda de conversa. 
- Acontecimentos no bairro, na cidade, notícias e textos que gerem interesse por parte das crianças devem ter espaço na roda de conversa.
- Levar objetos como, por exemplo: uma sacola escura onde as crianças coloquem as mãos e tenham que falar sobre as características do que tem lá dentro para que o grupo descubra.
- Levar objetos, figuras, fotografias como recurso para iniciar uma conversa. A professora pode elaborar perguntas que levem as crianças a participarem da conversa.
- Propor alguns temas como: medo, brincadeiras ou brinquedos que mais gostam, coisas gostosas de comer, bichos de estimação, programas de televisão, qual seu passeio preferido.
- Socializar e alimentar assuntos que as crianças trazem de casa.
- Discutir e organizar a vida em grupo.
Socializar conhecimentos tais como: como aprendeu a se vestir sozinho, fechar a mochila, etc.
A roda pode ser iniciada pela professora ou pelas crianças.
Não se pode confundir a roda de conversa com o momento destinado ao desenvolvimento de várias atividades, como marcar o calendário, conferir a lista de presença, verificar os aniversariantes do dia, observar como está o tempo, cantar algumas músicas.
O principal objetivo da roda de conversa é a conversa propriamente dita ou bate-papo, como se costuma dizer.

É importante lembrar:
  • As interações e as brincadeiras devem ser o centro do planejamento. Logo, para instigar o lúdico no momento da roda, a professora pode:
  • Propor brincadeiras para a organização das rodas (cantar uma música enquanto as crianças se organizam,
  • Utilizar fantoches para chamar a atenção das crianças para organizar a roda,          arrumar o material em determinado local de forma que as crianças se aproximem até formar o círculo etc);
Planejando a Roda de conversa

Objetivo(s) 
- Participar de situações de comunicação oral utilizando o vocabulário pertinente.
- Expor suas ideias com gradativa clareza e autonomia.
- Ouvir as ideias dos outros.
- Ampliar o vocabulário.

Conteúdo(s) - Comunicação oral.
Ano(s) - Pré-escola
Material necessário - Livros, revistas, imagens e outros materiais necessários ao desenvolvimento dos temas.

Desenvolvimento 
1ª etapa 
Organize a turma em roda de forma que todos possam se ver e ver você. Ponha uma música ou proponha uma brincadeira que leve à organização em círculo. Avise que todo dia haverá uma roda de conversa e que nela todos vão aprender várias coisas. Antes de iniciar o bate-papo, prepare os assuntos a propor: uma pergunta instigante, uma história conhecida, um problema que leve à criação de hipóteses, um assunto que demande opiniões etc. Dê preferência a temas familiares ou assuntos que estejam sendo trabalhados. A necessidade de mediar as situações de conversa diminui à medida que as crianças desenvolvem autonomia. Cuide de quem tem mais dificuldade de se fazer compreender. Traduza para ele o que entendeu que ele disse e peça que confirme a "tradução" feita por você para que o grupo compreenda o que de fato ele quis comunicar. Fique atento ainda aos que falam menos e aos que falam bastante, procurando garantir a oportunidade a todos em diferentes momentos. Ressalte o vocabulário usado e invista na ampliação dele. Lembre-se das situações sociais nas quais usamos a comunicação oral. Dessa forma você evita rodas sem sentido para o grupo.
2ª etapa 
Formule algumas perguntas sobre aspectos relevantes que precisam ser considerados na hora da conversa: Levantar sempre a mão quando desejar falar e aguardar sua vez. Por que é importante fazer silêncio quando alguém fala? O que ocorre se isso não é observado? Precisamos cuidar do tom de voz? E se falamos muito baixinho? O que fazemos quando o amigo falou uma coisa que não entendemos?
3ª etapa 
Leve para a roda materiais que favoreçam a conversa e a troca de opiniões, como reproduções de obras de arte, fotos ou outro material em quantidade suficiente para cada trio. Diga, então, que irão conversar em grupinhos para depois participarem da roda. Mostre as reproduções de obras de arte e proponha que falem sobre se gostam ou não, como acham que ela se chama, como o artista a produziu e outras ideias que podem surgir. Depois, é hora de mostrar a imagem aos demais e contar sobre a conversa que tiveram previamente. Passe pelos trios, observando e participando das conversas de forma que se instigue a comunicação entre os pequenos. Depois volte à roda com todos e faça a socialização.
4ª etapa 
Em uma situação de pesquisa com funcionários da escola, por exemplo, divida as crianças de acordo com o que querem descobrir sobre determinado assunto. Ajude-os a transformar curiosidades em perguntas. Avise que terão de aprender a perguntar e sistematize com elas palavras que comumente usamos para elaborar uma pergunta: quem, como, quando, onde etc. Depois, todos socializam o que descobriram numa roda.

Avaliação 
Fique atento às conversas das crianças nos diferentes momentos, enquanto brincam, tomam lanche etc. Observe os saberes que adquiriram relacionados a um fazer (falar, ouvir, esperar a vez, perguntar etc.) e se lançam mão da conversa para resolver conflitos para, assim, planejar as próximas rodas.

Flexibilização 
Espaço 
·         Organize a roda num local próximo da parede para que, quem tem deficiência possa ficar apoiado e participar com as demais. Outra opção é, em alguns dias, organizar a roda em cadeiras. Isso faz com que a condição do cadeirante seja relevada e traz benefícios para todos com a diversidade.
·         Organize a sala de modo que as crianças possam se locomover com facilidade ou, se for o caso, organize a dupla ou o trio de que fará parte no próprio local onde ele se senta.
·         Certifique-se de que o caminho a ser percorrido pelas crianças até o local de trabalho do entrevistado seja seguro e com rampas.
Tempo
·        Se a criança for retraída e tiver mais dificuldade de se comunicar, convide-a a se colocar mais e dê um tempo maior para que se acostume com a situação.