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sexta-feira, 13 de maio de 2011

Concepções de ensino/aprendizagem

Conhecer as teorias de ensino/aprendizagem nos faz refletir nesse processo de forma a argumentar e associar à pesquisa, promovendo a formação de novos conhecimentos, o que nos traz a idéia de seres humanos como indivíduos inacabados e passíveis de uma curiosidade crescente, com a capacidade de refletir de forma crítica o que aprendeu – através de um contínuo processo ensinar-aprender.
E a partir das diversas teorias de aprendizagem que se deu origem às concepções ensino/aprendizagem que circulam no meio escolar, e quero aqui fazer menção a  quatro diferentes concepções de educação. São elas, a Instrucionista Transmissiva, a Concepção behaviorista (comportamentalista), a Vivencial Espontaneísta e a Pedagogia por Projetos Didáticos.

Segundo a Concepção instrucionista transmissiva a aquisição de um conhecimento pelo sujeito é o resultado de uma transmissão, de uma comunicação e a aprendizagem se faz unicamente pelo acúmulo de informações. Nessa perspectiva, o aluno não é considerado como um ser capaz de encontrar, ele mesmo, os elementos do saber. Ao contrário, ele deve reproduzir o que diz o professor, ficar atento, escutar, anotar, repetir e aplicar o que aprendeu. Em outros termos, ele aprende por imitação e por impregnação (RAGOT, 1991). Por sua vez, o professor é o detentor do saber e deve comunicá-lo claramente ao aluno para que ele possa aprender.
Nessa concepção, não há lugar para o erro, que é compreendido como sendo revelador de um desfuncionamento: ou o professor ensinou mal ou foi o aluno que não compreendeu o que ele ensinou. Mas, em regra geral, o erro é atribuído ao aluno. Em caso de fracasso, o professor deve recomeçar tudo, repetir e propor muitos exercícios para garantir a aprendizagem do aluno.

A Concepção behaviorista (comportamentalista) se apóia sobre o Modelo Behaviorista (SKINNER, 1938) que remete ao condicionamento “estímulo-resposta” (PAVLOV, 1927). O princípio desta concepção é que o sucesso do aluno deve ser recompensado (reforços positivos) e o fracasso, ao contrário, sancionado (reforços negativos) e, se possível, evitado porque aprender por reforço negativo é muito custoso (RAGOT, 1991).
Nessa concepção a aprendizagem se faz pela acumulação de saberes e, por sua vez, as relações entre os saberes se fazem naturalmente pela necessidade das ligações lógicas que existem entre si. Nessa perspectiva, o professor deve, então, ser capaz de decompor o saber em “unidades discretas” e as apresentar ao aluno de maneira tal que ele perceba as ligações entre elas. O essencial do trabalho do professor se faz, então, antes do processo de ensino, quer dizer, antes do momento de interação real com o aluno. Além disso, o professor deve elaborar uma forma de controle da aquisição do conhecimento pelo aluno. Nessa concepção, espera-se que o aluno siga o passo a passo da progressão definida pelo professor.
Ele não toma, portanto, iniciativas. O importante é que esteja motivado, preste bastante atenção às instruções dadas do professor e que tenha uma boa disciplina no estudo pessoal. O fracasso do aluno não pode ter origem na seqüência de ensino proposta pelo professor, caso ele tenha realizado um bom planejamento e identificado precisamente as unidades mínimas do saber para as quais há, em geral, uma única resposta possível. Assim, o erro é uma responsabilidade do aluno que não acompanhou, não estudou ou não compreendeu.

A Concepção vivencial espontaneísta, representa um certo laissez-faire, que tem como característica a falta de rigor e organização, visto que deixa as coisas acontecerem ao acaso, e esta passividade pesa mais para o lado do professor, visto que ele segue sem ter uma meta definida e compromisso com o ensino-aprendizagem. Isto não é admissível, pois a sociedade como está organizada, rejeita este tipo de espontaneísmo pedagógico, por parte desta escola comprometida com a ideologia excludente. De modo geral, essas abordagens demonstram como as pedagogias ativas, ao criticarem o autoritarismo, subvertem o princípio da autoridade e instituem práticas escolares descomprometidas com a educação sólida das novas gerações e, em especial, das classes populares. 

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