Para Kampff (2006) são as necessidades do homem
que estimulam seu potencial criador desde os primórdios dos tempos, o que
contribui para o estabelecimento de transformações e realizações de forma concreta
e significativa. Kampff (2006) inclui o
tema do desejo e das consequências das invenções humanas no campo da criação
quando afirma que o homem “movido por suas necessidades e desejos, inventa
artefatos que modificam o mundo e a sua forma de relacionar-se com ele” (KAMPFF,
2006, p.7). Assim, como escreve Ostrower (1996), o homem e suas criações afetam
“o mundo físico, a própria condição humana e os contextos culturais” (p.187).
E é essa
ação transformadora que impeliu o homem a desenvolver tecnologias que colocadas
a serviço da sociedade o torna cada vez mais interdependente, inter-relacionado
e imerso nessa tecnologia, como ressalta Bernardi (2010). Para Kampff (2006),
uma das características principais do homem é a sua capacidade de criar, mas
ele observa que “se o homem cria, não cria no vazio, não faz mágica. Sua
inventividade é despertada em interação com o mundo, na construção de novos
conhecimentos, na ação transformadora.” (p.7). O autor afirma ainda que:
Das ferramentas rudimentares, da agricultura às
modernas colheitadeiras, do tratamento das primeiras peles que aqueciam o corpo
às roupas anti-fogo dos pilotos de automobilismo, dos primeiros desenhos às
máquinas fotográficas digitais e softwares de edição gráfica, a tecnologia é útil
e fascinante. Mesmo que os exemplos anteriores não façam parte do dia-a-dia de
muitos, estes muitos estão imersos em um mundo tecnológico. (KAMPFF, 2006, p7).
Assim, neste contexto cabe ressaltar que devido a este desenvolvimento tecnológico crescente e
contínuo nas últimas décadas e também a uma convergência acelerada das
telecomunicações permeadas pela informação devem-se rever antigos modelos
educativos. Como afirma Bernardi:
Vive-se na sociedade da informação, na era
digital. Esta sociedade que dispõe de uma enormidade de informações possui a
primordial tarefa de filtrar, de separar informações, visando à qualidade
dessas, sua veracidade, utilidade e se estas informações contribuem para a
construção do conhecimento ou se apenas “enchem” páginas da Internet, com o objetivo
de produzir leitores acríticos e desinformados do mundo que os cerca. (BERNARDI, 2010,
p.05).
Vive-se hoje outro tempo, diverso e inquietante do que há
algumas décadas, portanto, enquanto educadores e ou psicopedagogos enfrenta-se
o desafio, frente ao domínio do conhecimento em constante transformação. Então,
“para melhorar a qualidade de ensino-aprendizagem é preciso encarar a realidade
que mostra a necessidade de levar para a sala de aula novas tecnologias” (KASIM
& SILVA, 2008, s/p)
PEREIRA, R.C. da Silva.Tecnologias na Educação: Os softwares e blogs educativos
utilizados como instrumentos psicopedagógicos. Monografia (Pós Graduação) Ministério
da Educação . Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Seropédica: 2012.
p. 4.
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